quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

RESUMO DA HISTÓRIA DE PERNAMBUCO


Os portugueses chegaram ao Brasil em 1500. Para evitar invasões de outros países, Portugal dividiu nosso território em 15 partes, chamadas capitanias hereditárias. Elas foram distribuídas entre nobres portugueses, que deveriam explorar suas riquezas e povoa-las.
O sistema só deu certo em duas capitanias: São Vicente e Pernambuco. Os portugueses viram que o lugar tinha futuro e começaram a plantar cana por lá. Logo, o açúcar brasileiro fez o maior sucesso na Europa, onde era vendido a preços altíssimos. Mas os portugueses não estavam sozinhos. Eles eram sócios dos holandeses, que refinavam o açúcar e vendiam o produto na Europa.
No começo, a parceria entre Portugal e a Holanda rendeu muitos lucros. Tudo mudou em 1580, quando Felipe II, rei da Espanha, tornou-se também rei de Portugal. Os espanhóis eram inimigos dos holandeses, que acabaram proibidos de continuar nos negócios com açúcar. Para não ficar de fora, eles invadiram o Brasil. Em 1630, conquistaram Pernambuco e, depois, espalharam-se pelo litoral do Nordeste.
Mas não foi fácil. Em 1645, uma grande revolta explodiu em Pernambuco. Em 1654, os holandeses acabaram expulsos. Foi a primeira vez que tropas brasileiras lutaram em grandes batalhas contra invasores estrangeiros. A partir daí, muitos começaram a achar que os donos do Brasil deveriam ser as pessoas que moravam aqui e não os reis de Portugal.
Não é por acaso que os pernambucanos entraram com tudo na luta pela independência do nosso país. Já em 1817, cinco anos antes de D. Pedro I libertar o Brasil de Portugal, aconteceu a Revolta Pernambucana. Os rebeldes organizaram o primeiro governo brasileiro independente dos portugueses.Hoje, nem dá para imaginar como seria viver em um país que não é independente. Por isso, é bom lembrar daqueles que lutaram para que os brasileiros fossem livres. Os pernambucanos são um bom exemplo.






O frevo é uma dança popular que distingue-se da marcha em geral, e da marcha carioca em particular, pelo ritmo muito mais rápido, freqüentemente sincopado, obrigando a movimentos que chegam a paroxismos frenéticos e lembram, por vezes, o delírio.

Embora esteja presente em todo o Nordeste, é em Pernambuco que o Frevo adquire expressão mais significativa. Segundo algumas opiniões, o frevo pernambucano nasceu da polca-marcha, já na introdução sincopada em sesquiálteras. Atribui-se a criação do novo ritmo ao capitão José Lourenço da Silva, ensaiador das bandas da Brigada Militar de Pernambuco. A data do aparecimento do frevo parece estar estabelecida, com certeza, entre os anos de 1909 e 1911.

Dança individual que não distingue sexo, faixa etária, nível sócio-econômico, o frevo freqüenta ruas e salões no carnaval pernambucano, arrastando multidões num delírio contagiante. As composições musicais são a alma da coreografia variada, complexa e acrobática. Dependendo da estruturação musical, os frevos podem ser canção, de bloco ou de rua. Os chamados frevos de rua são aqueles que conferem entusiasmo aos dançadores. Compreendem duas partes: a “Introdução” e o “Piano”. Na primeira, há predominância do ritmo sobre a linha melódica. É plena de síncopes e acentos que provocam a adesão ao “passo”. O “Piano”, que pretende ser um descanso dos dançarinos, tem uma linha melódica simples executada em saxofones, quase desacompanhada do contracanto e dos toques sincopados dados nos pistons e trombones. O “passo” é variado e recebe denominações específicas determinadas pelo gesto: Chão de barriguinha, Parafuso, Dobradiça, Saca-rolhas, Corrupio, Locomotiva, entre outros.

Outro elemento complementar da dança, o passista à conduz como símbolo do frevo e como auxílio em suas acrobacias. A sombrinha em sua origem não passava de um guarda-chuva conduzido pelos capoeiristas pela necessidade de ter na mão como arma para ataque e defesa, já que a prática da capoeira estava proibida.

Este argumento baseia-se no fato de que os primeiros frevistas, não conduziam guarda-chuvas em bom estado, valendo-se apenas da solidez da armação. Com o decorrer do tempo, esses guarda-chuvas, grandes, negros, velhos e rasgados se vêm transformados, acompanhando a evolução da dança, para converter-se, atualmente, em uma sombrinha pequena de 50 ou 60 centímetros de diâmetro.

Também como elemento imprescindível em algumas danças folclóricas, o vestuário que se precisa para dançar o frevo, não exige roupa típica ou única. Geralmente a vestimenta é de uso cotidiano, sendo a camisa mais curta que o comum e justa ou amarrada à altura da cintura, a calça também de algodão fino, colada ao corpo, variando seu tamanho entre abaixo do joelho e acima do tornozelo, toda a roupa com predominância de cores fortes e estampada. A vestimenta feminina se diferencia pelo uso de um short sumário, com adornos que dele pendem ou mini-saias, que dão maior destaque no momento de dançar.

O frevo pernambucano se difundiu pelo Brasil graças à migração de antigos frevistas e de maestros de banda de música, compositores e executores no carnaval de Recife. No município do Rio de Janeiro há clubes de frevo, a maioria deles organizada segundo padrões de seus congêneres pernambucanos.