RESUMO DA HISTÓRIA DE PERNAMBUCO
O sistema só deu certo em duas capitanias: São Vicente e Pernambuco. Os portugueses viram que o lugar tinha futuro e começaram a plantar cana por lá. Logo, o açúcar brasileiro fez o maior sucesso na Europa, onde era vendido a preços altíssimos. Mas os portugueses não estavam sozinhos. Eles eram sócios dos holandeses, que refinavam o açúcar e vendiam o produto na Europa.
No começo, a parceria entre Portugal e a Holanda rendeu muitos lucros. Tudo mudou em 1580, quando Felipe II, rei da Espanha, tornou-se também rei de Portugal. Os espanhóis eram inimigos dos holandeses, que acabaram proibidos de continuar nos negócios com açúcar. Para não ficar de fora, eles invadiram o Brasil. Em 1630, conquistaram Pernambuco e, depois, espalharam-se pelo litoral do Nordeste.
Mas não foi fácil. Em 1645, uma grande revolta explodiu em Pernambuco. Em 1654, os holandeses acabaram expulsos. Foi a primeira vez que tropas brasileiras lutaram em grandes batalhas contra invasores estrangeiros. A partir daí, muitos começaram a achar que os donos do Brasil deveriam ser as pessoas que moravam aqui e não os reis de Portugal.
Não é por acaso que os pernambucanos entraram com tudo na luta pela independência do nosso país. Já em 1817, cinco anos antes de D. Pedro I libertar o Brasil de Portugal, aconteceu a Revolta Pernambucana. Os rebeldes organizaram o primeiro governo brasileiro independente dos portugueses.Hoje, nem dá para imaginar como seria viver em um país que não é independente. Por isso, é bom lembrar daqueles que lutaram para que os brasileiros fossem livres. Os pernambucanos são um bom exemplo.
O frevo é uma dança popular que distingue-se da marcha em geral, e da marcha carioca em particular, pelo ritmo muito mais rápido, freqüentemente sincopado, obrigando a movimentos que chegam a paroxismos frenéticos e lembram, por vezes, o delírio.
Embora esteja presente em todo o Nordeste, é em Pernambuco que o Frevo adquire expressão mais significativa. Segundo algumas opiniões, o frevo pernambucano nasceu da polca-marcha, já na introdução sincopada
Dança individual que não distingue sexo, faixa etária, nível sócio-econômico, o frevo freqüenta ruas e salões no carnaval pernambucano, arrastando multidões num delírio contagiante. As composições musicais são a alma da coreografia variada, complexa e acrobática. Dependendo da estruturação musical, os frevos podem ser canção, de bloco ou de rua. Os chamados frevos de rua são aqueles que conferem entusiasmo aos dançadores. Compreendem duas partes: a “Introdução” e o “Piano”. Na primeira, há predominância do ritmo sobre a linha melódica. É plena de síncopes e acentos que provocam a adesão ao “passo”. O “Piano”, que pretende ser um descanso dos dançarinos, tem uma linha melódica simples executada em saxofones, quase desacompanhada do contracanto e dos toques sincopados dados nos pistons e trombones. O “passo” é variado e recebe denominações específicas determinadas pelo gesto: Chão de barriguinha, Parafuso, Dobradiça, Saca-rolhas, Corrupio, Locomotiva, entre outros.
Outro elemento complementar da dança, o passista à conduz como símbolo do frevo e como auxílio em suas acrobacias. A sombrinha em sua origem não passava de um guarda-chuva conduzido pelos capoeiristas pela necessidade de ter na mão como arma para ataque e defesa, já que a prática da capoeira estava proibida.
Este argumento baseia-se no fato de que os primeiros frevistas, não conduziam guarda-chuvas em bom estado, valendo-se apenas da solidez da armação. Com o decorrer do tempo, esses guarda-chuvas, grandes, negros, velhos e rasgados se vêm transformados, acompanhando a evolução da dança, para converter-se, atualmente, em uma sombrinha pequena de 50 ou
Também como elemento imprescindível em algumas danças folclóricas, o vestuário que se precisa para dançar o frevo, não exige roupa típica ou única. Geralmente a vestimenta é de uso cotidiano, sendo a camisa mais curta que o comum e justa ou amarrada à altura da cintura, a calça também de algodão fino, colada ao corpo, variando seu tamanho entre abaixo do joelho e acima do tornozelo, toda a roupa com predominância de cores fortes e estampada. A vestimenta feminina se diferencia pelo uso de um short sumário, com adornos que dele pendem ou mini-saias, que dão maior destaque no momento de dançar.